Instituto AKAN de bombeiros mirins acompanha seus estudantes dentro e fora de sala
Ana Yasuma
Com o compromisso de disciplinar e promover o companheirismo, os empresários Ilsyane Paula Reis, 31 anos, e André Luís de Moraes Lima,35, fundaram o Instituto AKAN em agosto de 2018, em uma união com Militares e Brigadistas. O instituto tem a função de formar brigadistas mirins – os soldados alunos têm aula uma vez na semana, com duração de três horas. Dentre diversas disciplinas os estudantes têm aula de mobilização com tala, primeiros socorros, ordem unida, hierarquia e ética. A academia também possui uma área externa para treinamentos, além de disponibilizar apoio psicológico para alunos e funcionários. Após dois meses de aula o soldado aluno ganha o uniforme.
O Instituto acompanha a vida dos alunos fora das salas por meio de um portfólio com dez lições, preenchido pelos pais. O documento relata se o soldado aluno cumpriu suas atividades, como arrumar a cama, ajudar nos trabalhos domésticos, fazer as tarefas escolares e a leitura diária. Os estudantes são avaliados por meio de um simulado semestral com três questões de cada disciplina além de um exame prático que contempla execução de atividades físicas.
O coordenador Paulo Cesar Silva Santos esclarece que a academia não tem a intenção de invadir a privacidade do soldado aluno. “O nosso intuito é saber se o aluno está sendo disciplinado em casa e na escola regular, porque aqui todo mundo é bem-comportado. A educação não é feita apenas pela escola, então eu preciso da participação dos pais, é diferente de invadir a vida do aluno, não é isso, é trabalhar a disciplina. E nós já tivemos muitas mudanças”, afirma.
O soldado mirim Ryan Paiva Moreira da Silva, de 11 anos, que estuda no Instituto desde o início do ano, é um exemplo dessa mudança. Ele desrespeitava sua avó, não fazia as tarefas e era preguiçoso. “Hoje eu mudei muito”, diz o soldado aluno que revela gostar de estudar o civismo e que foi com os professores que aprendeu a respeitar a avó.
O Instituto tem um engajamento muito grande de querer ajudar a família e os alunos. Para fazer o curso de bombeiros mirins é necessário que a criança faça prova e tenha entre oito e quinze anos, a mensalidade é de cem reais, mas o estudante que passar na avaliação e não tiver condições de custear os estudos pode ganhar uma bolsa, basta a família comprovar renda.
Segundo o coordenador, o instituto ainda pretende instalar um paredão de escalar na área externa da academia para as aulas práticas e abrir turmas de karatê e judô. Eles também terão aula de reforço escolar em inglês, português e outras disciplinas. Para manter sua infraestrutura e os novos investimentos, a diretora Ilsyane diz que o grupo possui outras empresas, e são desses outros negócios que eles tiram recursos para investir e custear as necessidades do Instituto.
O Instituto AKAN fica na Av. Anhanguera, 7388 – setor dos Funcionários, os interessados podem entrar em contato pelo número (62)30915643