5º Simpósio Informe-se

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Raimunda Araújo
Raimunda Araújohttps://goiaspost.com.br/
Estudante do 3° período de jornalismo na PUC Goiás.

 

Profissionais relatam suas experiências no webjornalismo

Jornalistas de três grandes veículos de comunicação apresentaram dificuldades, desafios e rotinas produtivas

Nos dias 20 e 21 de setembro, aconteceu no Teatro Campus V da PUC Goiás, a V edição do Simpósio Informe-se de Jornalismo, organizado pelo os alunos do CA (Centro Acadêmico), com o tema Desafios e Responsabilidades do jornalismo Contemporâneo, com palestras de vários especialistas na área.

Dentre os temas, o Informe se contou com a presença de três jornalistas que atuam na área web e falaram sobre a Rotina Produtiva do Jornalismo Online. Elisângela Nascimento, tem 20 anos de profissão e se formou pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é editora-chefe nos portais G1 e Globo Esporte. Além disso, ela já lecionou webjornalismo na PUC Goiás. Naiara Gonçalves se formou na Universidade de Franca (SP). Hoje ela atua como editora da versão online do Jornal O Hoje e Thaís Lobo, editora do Portal Mais Goiás. A profissional foi egressa do curso de jornalismo pela PUC Goiás, em 2015, e está há cinco anos no mercado profissional. O bate-papo foi   mediado pela professora Lara Guerreiro.

As discussões trouxeram muita interação, todas as jornalistas ressaltaram como foi o início de seus trabalhos na área web. A jornalista Thaís Lobo lembra que desde o princípio seu foco foi sempre o impresso. Ela disse que teve muita resistência em escolher a web devido ser um veículo novo e desacreditada na época ,mas aceitou o convite para trabalhar no Mais Goiás porque era uma nova geração e não podia fugir disso. Hoje conseguiu se firmar no mercado de trabalho e atuar na área web. Também falou sobre o inicio de sua carreira  Naiara Gonçalves, que destacou: “Quando me formei, a realidade era um pouco diferente, porque a gente decidia fazer TV, Impresso, Rádio, Assessoria de imprensa e pronto. Hoje não, a gente forma e pode fazer tudo. Tem que fazer fotografia, vídeo, edição de vídeo, edição de imagem. Porque essa questão do online é tudo. Lembro que uma coisa que a gente sempre falava que o bom jornalista de rádio seria um excelente jornalista de TV. Hoje eu vejo que o bom jornalista de Web, vai ser jornalista em qualquer situação da vida ”.

Já Elisângela Nascimento, conta que passou pelo impresso, rádio e acabou ficando na internet onde foi o veículo que a encantou. “Eu acho que o legal da internet é você passear por todos os veículos. Você experimentar um pouco do que é o impresso, um pouco do que é rádio, o vídeo. E nesse processo inteiro a curiosidade maior de meus alunos é o que é preciso para ser um bom jornalista de web? É o que no esporte falamos que um atleta precisa ter regularidades. Então você ter regularidades em cada uma das mídias, é você não ter a versão tecnologia. Claro que você precisa dessa versão de intimidade com a tecnologia, mas que no fundo, você precisa ser um bom repórter. Pois a internet é um veiculo que exige muitas vezes até mais de um jornalista, que as vezes é um processo produtivo mais solitário também, porque esse mesmo repórter faz os mesmos processos, como apurar, escrever, pegar todas as respostas, fazer um vídeo, editar foto, se virar nos 30 mesmo. Eu gosto muito disso e foi isso que me encantou. Porque a internet me atraiu e me possibilitou brincar com todos os veículos, de ter o controle daquilo que a gente está produzindo.”

A professora Lara frisou diante das colocações das profissionais que isso é tão importante porque é bom percebermos que não é só porque está no online, que é rápido, que podemos publicar sem ter esse trabalho de apuração. Complementando que o mercado do jornalismo online só tem a agregar, pois os conteúdos são diferenciados e formas de produções diferenciadas.

Dificuldades

Como em toda empresa tem seu lado positivo e negativo, no jornalismo online não seria diferente. As jornalistas apontaram suas principais dificuldades em seus campos de trabalho. Um dos problemas na empresa de Thaís Lobo são as Fake News. “Realmente devemos ter muito cuidado com as fake News, onde o jornalismo é desacreditado, pesquisas desacreditadas, instituições desacreditadas. Então muitas vezes eu vejo que o leitor quer ouvir só o que atendem suas necessidades e anseios. Outra dificuldade que temos no Mais-Goiás é que temos muitas ideias, muitos projetos, porém falta estrutura, equipamentos, o financeiro mesmo. Mas usamos o que temos e vamos trabalhando.

“Às vezes temos a falsa ideia de que jornalismo na web é mais fácil, que apenas precisamos de um celular na mão. Mas não, é uma indústria como todas as outras.” Destacou professora Lara Guerreiro

A jornalista Naiara Gonçalves ressalta que “se viram nos 30”. “Nos viramos com o que temos, temos disposição, ideias, gostamos do que fazemos. Mas só de amar e gostar não chegamos a lugar nenhum, precisamos de um feedback, de um retorno financeiro”.

Temos um consumo muito maior de vídeos há quatro anos e mesmo que chegue material produzido pela TV, muitas vezes não está adaptado para a internet. Com relação às fake News é um problema geral e não é novidade. Não é de agora. E como jornalistas comprometidos podemos combate-lo, pois devemos mais do que nunca irmos na fonte para pesquisar uma notícia, não fazer print, temos essas responsabilidades muito maior. Conta Elisangela Nascimento.

 

O acadêmico de jornalismo do 4° período, Igor Afonso, de 19 anos, destacou o que mais o atraiu na palestra é o que a mesma pode contribuir para a sua formação. “Eu achei legal é que a palestra teve uma conversa muito agradável com três editoras de três grandes veículos de comunicação juntamente com a professora Lara. Essa troca de informação, saber como funciona cada veículo, como é a rotina de cada um, desde o inicio quando elas criam as pautas até a apuração e a escrita, e saber como são parecidos e que cada veículo tem seu estilo próprio de conduzir até concretizar a notícia”.

“Esta palestra só tem a agregar na minha formação, porque estamos dentro da academia e aqui é uma escola. Então estamos só na teoria e sabermos como será nossa profissão na prática é muito melhor”.  Afirmou

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